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Urodela

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Fonte: Wikipédia

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Fonte: Info Escola

Assim que você viu as imagens acima, provavelmente reconheceu esses animais e possivelmente se lembrou que eles são chamados de salamandras.

Quando nós pensamos em salamandras logo as associamos à lagartos, por causa da semelhança corporal, porém os urodelos não possuem escamas. E, assim como as cobras-cegas, as salamandras não são répteis, e sim, anfíbios. Além das salamandras, outros dois representantes deste grupo são os tritões e proteus.

 

A palavra Urodela vem do grego e  quer dizer “cauda visível, cauda evidente” (“uro”: cauda ; “delo”: evidente, visível). Já a palavra Caudata, vem do latim, e também quer dizer “com cauda”.

 

Os Urodela ocorrem principalmente no Hemisfério Norte. Na América do Sul, eles ocorrem mais ao norte. A maior diversidade de urodelos está presente nas Américas do Norte e Central. No Brasil, são conhecidas apenas 5 espécies de salamandras. Elas ocorrem na Amazônia e são do gênero Bolitoglossa.

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Fonte: Blogdonurof.wordpress

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Fonte: Escola Kids UOL

Existem tanto espécies terrestres quanto espécies aquáticas. Os urodelos possuem corpos são alongados e como o nome “Caudata” sugere, possuem cauda, que é, geralmente, do mesmo tamanho ou maior que o tronco. A cauda pode variar de acordo com o hábito, as espécies aquáticas possuem a cauda achatada lateralmente e possui uma membrana, fazendo com que a cauda lembre uma nadadeira. Já as espécies terrestres possuem a cauda mais robusta e de forma cônica.

 

Uma característica interessante de observar, é o modo como os urodelos se locomovem, pois eles caminham dobrando lateralmente o corpo e esta característica é verificada em seus ancestrais, os primeiros tetrápodes terrestres.

 

Uma característica bastante interessante em urodelos é o pedomorfismo, que é a permanência de características larvais em indivíduos adultos. Alguns caracteres larvais mantidos em adultos que podemos citar, são os padrões de dentes e ossos, ausência de pálpebras, o sistema de linha lateral e a forma mais interessante de pedomorfose, a manutenção das brânquias externas.

 

A espécie mais conhecida de salamandra que retém as características larvais, é a espécie mexicana Ambystoma mexicanum, conhecida popularmente por Axolotle. Contudo, apesar dos axolotls manterem características larvais, esses animais podem, sim, fazer a metamorfose completa. Muito se é debatido sobre a pedomorfose, mas estudos recentes propõem que a pedomorfose é uma estratégia que evoluiu em resposta à seleção natural, portanto, esses animais não completam a metamorfose para se adaptar ao ambiente.

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Fonte: Futurism.com

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Fonte: Dissolve.com

A pedomorfose está relacionada à produção dos hormônios tireoidianos, além disso, também há relação entre as respostas da tiróide às condições ambientais. Sendo assim, a seleção teria favorecido o controle hormonal da metamorfose, eles não completam a metamorfose porque não produzem hormônios tireoidianos o suficiente, a não ser que o ambiente exija isso deles: quando as condições ambientais na água são favoráveis, não ocorre a metamorfose. Quando as condições no ambiente aquático são desfavoráveis, eles completam a metamorfose.

 

Assim como os gimnofionos e anuros, os urodelos também possuem glândulas em seu corpo que produzem toxinas.

Hábitos e Alimentação

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Como já vimos, existem espécies terrestres e aquáticas. Algumas espécies terrestres  passaram a ter um hábito arborícola, nessas espécies, as caudas são preênseis, adaptadas para se fixarem na vegetação.

 

Outras espécies de urodelos se adaptaram à vida em cavernas. As cavernas apresentam temperatura e umidade constantes, o que torna esse ambiente adequado às necessidades desses animais. Urodelos cavernícolas se alimentam de invertebrados, abundantes nestes locais. (Eurycea, Typhlomolge)

Fonte: Anfibiologos.wordpress

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Fonte: Noticias UOL

As salamandras são carnívoras tanto na fase larval, quanto na fase adulta. Se alimentam de minhocas, artrópodes e moluscos. Algumas espécies terrestres possuem adaptações que permitem a projeção da língua para fora da boca, com o objetivo de capturar suas presas. A língua das espécies aquáticas possuem pouca mobilidade.

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Fonte: Aquaa3.com

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Fonte: Nature

Reprodução

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Em salamandras a fertilização é, na maioria das vezes, interna, porém, em algumas espécies, pode ocorrer a fertilização externa.

 

Os machos de salamandras não possuem um órgão copulador, como vimos nos gimnofionos, e a fertilização ocorre por meio da transferência de um pacote de espermatozóides chamado espermatóforo. O macho pode depositar esse espermatóforo sobre o corpo da fêmea, ou sobre o substrato e a fêmea o recolhe com a cloaca.

 

Na maioria das espécies de fertilização interna, o macho corteja a fêmea. Os comportamentos de corte variam de espécie para espécie e podem envolver comunicação visual, tátil e liberação de feromônios, que nada mais são que substâncias químicas produzidas para que a fêmea possa reconhecer os machos. Esses feromônios, na maior parte das vezes, são liberados quando há contato físico entre macho e fêmea.

 

Muitas espécies de salamandras apresentam dimorfismo sexual, ou seja, machos e fêmeas são diferentes um do outro. No caso das salamandras, as fêmeas, na maioria das vezes, são maiores que os machos.

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Fonte: Portal do Professor

Ritual de corte em salamandras

A maior parte das espécies de urodelos é ovípara, ou seja, o embrião se desenvolve dentro de um ovo. Os ovos podem ser colocados em água corrente ou em lagos, e as larvas completam o seu desenvolvimento na água. Também existem espécies que depositam os ovos em meio à serrapilheira, sob troncos ou pedras, ou ainda em cavidades no solo. Em alguns casos a larva se desenvolve na água, e em outros, a larva permanece em um ninho terrestre sobrevive apenas com as reservas de energia do ovo.

 

Em urodelos ocorre o cuidado parental, que inclui o cuidado com os ovos e com as larvas. O cuidado com os ovos consiste desde comportamentos agressivos contra predadores, até a remoção de ovos fungados ou ingestão de ovos não fecundados. Algo bastante interessante, é o relato de que a fêmea deposita uma substância sobre os ovos para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

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Fonte: Flicker de Armando Caldas

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Fonte: Grinch-rp.ru

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​​A família Plethodontidae possui uma característica bastante interessante que é a de não apresentar pulmões. Neste grupo, as trocas gasosas se dão por meio do tegumento, ou seja, a respiração dá-se através da pele. Você se lembra que falamos que a pele dos anfíbios é fina e úmida exatamente para facilitar as trocas gasosas?

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Fonte: Wikipédia

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Fonte: Top Biologia

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Fonte: Top Biologia

Os maiores urodelas atuais são as salamandras gigantes encontradas no Japão e na China, elas são do gênero Andrias, e podem atingir um metro ou mais de comprimento.​ E seu peso pode chegar a até 25 quilos.

Sua pele é enrugada e porosa, facilitando a respiração cutânea.

Outra curiosidade bastante interessante em urodelos é a sua capacidade de regeneração. Representantes da família Plethodontidae podem realizar autotomia de cauda, como meio de defesa, ou seja, eles têm a capacidade de liberar a cauda quando necessário. Após um determinado período as caudas podem se regenerar, porém para que isso aconteça, pode ocorrer atrasos nas atividades reprodutivas. As axolotles também têm a capacidade de regenerar membros e caudas. Os tritões, além dos membros, podem regenerar a córnea e tecido cardíaco.​​​

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Fonte: BBC

Você se lembra que os anfíbios possuem a pele recoberta por muco? Em algumas espécies o muco torna o animal escorregadio, dificultando a sua captura por predadores. Já em outras espécies, o muco é extremamente adesivo. Muitas salamandras possuem uma concentração de glândulas produtoras de muco na cauda e, quando elas são atacadas, ela golpeia o predador com a cauda. Como o muco é muito pegajoso, detritos, sujeira, gruda na cauda, e ao atacar o predador, essa sujeira gruda neles e assim a salamandra consegue fugir, enquanto o predador tenta se limpar.​​

Algumas salamandras, além das glândulas de veneno possuem especializações morfológicas (especializações corporais), que aumentam o seu sistema defensivo. A salamandra européia Pleurodeles waltl (e mais dois gêneros de salamandras asiáticas, Echinotriton e Tylotritori) tem a capacidade de projetar as costelas para fora quando se sente ameaçada. Consegue imaginar a surpresa do predador ao descobrir que tem espinhos ósseos espetando a sua boca? Além disso, as costelas cortam glândulas venenosas presentes no corpo e assim cada costela carrega uma gota de veneno para as feridas da boca do predador.

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Fonte: Cultura Mix

Pleurodeles waltl

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Fonte: Pericardiorrhaphy55

Echinotriton

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