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O que são anfíbios?

Não é difícil encontrar alguém que já ouviu sapos, rãs ou pererecas “cantando” a noite perto de riachos. E aqueles que gostam de pescar ou aqueles que já foram se banhar em rios e lagoas, com certeza já viram girinos em suas margens. Por isso é muito simples para nós entendermos que os anfíbios são animais que dependem do meio aquático em pelo menos uma parte de seu ciclo de vida.

 

A palavra “anfíbio” vem do grego, e quer dizer “vida dupla” (“amphi”: duplo ; “bio”: vida), um nome bastante adequado, pois assim fica bem claro que esses animais têm “duas vidas” distintas ao longo de seu desenvolvimento. Esses animais são capazes de viver no ambiente terrestre quando adultos, mas dependem da água na fase larval. Parte dos anfíbios atuais, não possuem um estágio larval, e dependem apenas da umidade do solo para completar o seu desenvolvimento. De qualquer forma, os anfíbios estão ligados à ambientes úmidos.

 

Os anfíbios modernos são descendentes de um grupo de peixes, chamados tetrápodes. Esses tetrápodes foram os primeiros grupos de vertebrados a conquistar o meio terrestre. Para saber mais sobre a origem e a evolução dos anfíbios é só [clicar aqui].

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Fonte: Revista Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias - Instituto Butantan

Fonte: Cultura Mix

Fonte: Info Escola

Características gerais dos anfíbios

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Os anfíbios atuais estão incluídos num grupo chamado Lissamphibia. Este grupo inclui três linhagens, Anura, Urodela e Gymnophiona, que possuem formas corporais bastante diferentes. Os Anura possuem  patas traseiras longas, o corpo é curto e inflexível. Quando caminham, o corpo não se dobra; os Urodela possuem patas dianteiras e traseiras de tamanhos iguais e movem-se por ondulações laterais; e os Gymnophiona são ápodes, ou seja, não possuem patas, e se locomovem como serpentes. Para saber mais detalhes sobre as características de cada uma dessas linhagens, [clique aqui].

 

Todas essas diferenças estão relacionadas à especializações locomotoras, porém, quando estudamos mais a fundo esses animais, vemos que eles têm diversas características em comum, por isso dizemos que as três linhagens formam uma linhagem evolutiva monofilética.

 

Os anfíbios são vertebrados ectotérmicos, ou seja, eles não são capazes de regular a temperatura corporal, precisando de fontes externas de calor para manter a sua temperatura corporal constante. Os anfíbios possuem um tegumento (pele) úmido e sem escamas, rico em vasos sanguíneos e glândulas. Respiram através de pulmões, brânquias ou da pele.

A maioria das espécies têm um ciclo bifásico, ou seja, seu ciclo de vida possui duas fases, a fase larval aquática e, depois da metamorfose, a fase terrestre.

 

Quando ainda estão na fase larval, os anfíbios respiram através de brânquias, assim como os peixes. Quando adultos, no meio terrestre, eles realizam respiração pulmonar. Porém, como os pulmões são simples e as trocas gasosas são pouco eficientes, sendo importante a respiração cutânea, que é o processo de trocas gasosas através da pele. Para que ocorra a respiração cutânea, a pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. Como o tegumento é fino e bastante vascularizado, passagem dos gases é facilitada.

 

Para proteger a pele, os anfíbios apresentam dois tipos de glândulas: as glândulas mucosas, que mantém a pele úmida e as glândulas granulares, que produzem substâncias com ação antibiótica ou substâncias venenosas. As glândulas  de veneno estão espalhadas por todo o corpo do animal, as posições e a quantidade variam de espécie para espécie, e, da mesma maneira, as toxinas liberadas são diferentes entre as espécies.

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Para saber um pouco mais sobre outras características que os grupos compartilham entre si, [clique aqui].

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