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Evolução dos Anfíbios

Na Biologia, os cientistas estudam como a vida surgiu e se desenvolveu ao longo do tempo, e o nome desse processo é a chamada Evolução.

 

Na Teoria da Evolução, é explicado que os primeiros seres vivos foram encontrados na água. Para resumir bastante (bastante mesmo) a história, os primeiros seres vivos, eram organismos muito simples, eram seres de apenas uma célula, e ao longo do tempo foram se dividindo, dando origem a novos seres, e depois alguns foram se juntando, formando seres com mais de uma célula, esses organismos foram sofrendo pressões do ambiente, mutações, mudanças... E assim, depois de milhares e milhares de anos, as águas dos mares e rios estavam povoadas pelos primeiros peixes. É muito importante ressaltar que o processo evolutivo é algo muito lento, as mutações e as mudanças não acontecem de uma hora para outra, muitos e muitos anos são necessários para que uma mudança aconteça e mais muitos e muitos anos são necessários para a gente ver quais foram os resultados dessa mudança. Não se engane, a evolução é bastante demorada!

Para entender melhor a história da Terra, os cientistas a dividiram em “eras”, que são subdivididas em “períodos” e, a nossa história da ocupação do ambiente terrestre acontece na Era Paleozóica, no Período Devoniano.

No Período Devoniano, nós temos no ambiente terrestre, as plantas, juntamente com os insetos, crescendo e se irradiando pela Terra e, no ambiente aquático, nós temos uma grande diversidade de animais, dando um maior destaque aos peixes.

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Fonte: infoescola

Mas, depois desse “re-su-mão”, você pode estar se perguntando, se a vida surgiu na água, como os seres vivos vertebrados foram parar no ambiente terrestre? Pois é aí que os anfíbios entram!

Os anfíbios que nós encontramos hoje em dia, são descendentes de um grupo de peixes que tinham as nadadeiras um pouco diferente dos outros, as nadadeiras lobadas e além disso, esses peixes tinham pulmões. Esses peixes fazem parte do grupo dos tetrápodes.

Durante muito tempo, os cientistas apenas tinham fósseis de grupos anteriores e posteriores ao evento da ocupação do meio terrestre, ainda faltava encontrar o fóssil que que mostrasse essa transição de ambientes, faltava encontrar o elo entre peixes e tetrápodes.

Em 2005, um paleontólogo chamado Neil Shubin, fez uma grande descoberta! Ele, juntamente com outros cientistas, conseguiu encontrar o tal “elo perdido”. O peixe foi batizado como Tiktaalik roseae.


O Tiktaalik roseae continha características dos peixes, como guelras, nadadeiras e escamas, mas também tinha características derivadas, ou seja, tinha características novas, que o colocava numa posição diferente à dos peixes. Os caracteres derivados, eram: corpo achatado, crânio largo, olhos dorsais, que possibilitaram à eles enxergar fora da água, pescoço e juntas dos pulsos móveis e as nadadeiras peitorais eram mais robustas, mais fortes, sugerindo que o Tiktaalik podia suportar o próprio peso. Essas características sugerem que o Tiktaalik vivia em águas rasas e poderia fazer pequenos “passeios” em terra firme.

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Fonte: Canadian Geographic

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Fonte: Wikipédia

Aí você pode estar curioso e pensando, por que esses peixes viram a vantagem de ocupar o meio terrestre? Bom, os cientistas supõem que existem 3 razões para a mudança de ambiente:

 

  1. No meio terrestre, os tetrápodes não tinham predadores;

  2. Os tetrápodes encontraram uma grande quantidade de alimento, além disso, no meio terrestre eles não tinham competidores na busca do alimento;

  3. E a grande disponibilidade de oxigênio, já que a concentração de oxigênio é maior na atmosfera do que na água.

 

Ainda assim, levou muito tempo para que esses tetrápodes ocupassem realmente o ambiente terrestre. O primeiro anfíbio primitivo que se tem conhecimento, foi o Ichthyostega, que tinha membros curtos, cotovelos, joelhos e dedos bem definidos, possuía narinas e pulmões mais eficientes.

Ichthyostega.gif

Fonte: Mundo Pré-Histórico

No Período Carbonífero, os tetrápodes se dividiram em duas linhagens, uma que deu origem aos anfíbios (Batrachomorpha) e outra aos animais amniotas (Reptilomorpha). Os Batrachomorpha deram origem à dois grupos, os Lepospondyli e os Temnospondyli. A origem dos anfíbios modernos ainda é discutida, alguns cientistas levantam a hipótese de que eles sejam derivados do grupo Temnospondyli, outros cientistas sugerem que os sapos e salamandras sejam derivados dos Temnospondyli, mas as cecílias sejam derivadas dos Lepospondyli.

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Fonte: Wikipédia

Lepospondyli

Temnospondyli.jpg

Fonte: Wikipédia

Temnospondyli

Bom, depois dessa resumida história, cheia de nomes difíceis, você pode estar pensando, mas por que estudar evolução é importante? De que me interessa isso tudo, se já aconteceu a tanto tempo atrás? Veja bem, a evolução não é uma coisa do passado, ela continua acontecendo, mesmo que durante a nossa vida corrida a gente não perceba as mudanças, ou as perceba muito pouco. E digo mais, ela continuará acontecendo… Agora eu te pergunto, você consegue imaginar como nós, os outros animais, as plantas (o ambiente como um todo) seremos daqui, um milhão de anos?

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Saber como os organismos evoluem ao longo do tempo, podem nos ajudar a preservar, por exemplo, animais em risco de extinção, a conservar e cuidar do ambiente em que vivemos.

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Mas o mais importante, a evolução nos mostra, que apesar das diferenças, todos os seres vivos, estão, de alguma forma ligados, todos os seres vivos têm semelhanças entre si… E assim, mesmo as descobertas feitas em outros seres vivos, nos ajudam a entender como o nosso organismo funciona.

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